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A alta do vinil, sua repercussão no mercado, algumas lojas/sebos e uma breve análise futura

Loja de discosFoto por: Clever DJ

A revista Forbes Brasil publicou uma notícia no dia 28 de setembro sobre uma pesquisa realizada pela Recording Industry Association Of America (RIAA) que revelou que o lucro das vendas de vinil nesse primeiro semestre nos Estados Unidos superou a soma dos serviços digitais como Youtube, Spotify (versão gratuita) e VEVO.

O aquecimento do mercado de vinis tem sido constante nos últimos anos, o que mantém a expectativa na expansão do comércio no Brasil e também do lançamento de álbuns pelos artistas brasileiros.

Em dezembro de 2013, a UOL divulgou que “Discos de vinil crescem em vendas em 2013“.  A Polysom, fábrica brasileira de discos de vinil, estimou fechar o ano com um crescimento de aproximadamente 142% na produção em relação a 2012. Nos Estados Unidos e Canadá, também houve aumento. A Nielsen SoundScan, que contabiliza os resultados de ambos os países, divulgou que, só na primeira metade do ano, o aumento das vendas de álbuns em vinil foi de 33,5% em relação à 2012 e previu que os números finais de 2013 seriam ainda melhores.

Mantendo a alta, em maio de 2014 “O Globo” publicou que a “Venda de LPs bate recordes no Brasil, EUA e Inglaterra“. Nessa publicação, a matéria informou que a Polysom teve aumento de 126% nas vendas entre março e abril. Esse comportamento acompanhou a alta do vinil no mundo, onde as 42 fábricas existentes no planeta não estavam dando conta dos pedidos e mercados. De olho no mercado, a United Record Pressing, maior fábrica de vinis dos Estados Unidos, anunciou um aumento no seu maquinário e a construção de um novo armazém com 16 prensas, além das 30 existentes.

O cenário atual do vinil é bastante favorável e por isso fábricas, empresas do ramo e feiras especializadas tem aumentado gradativamente o seu investimento na área. É possível encontrar lojas em shoppings comercializando discos novos, normalmente provenientes da Polysom. As feiras e encontros de colecionadores tem ressurgido com grande força, algumas acontecendo quinzenalmente. É comum presenciar pessoas adquirindo toca-discos, radiolas e equipamentos de época, os famosos “vintage” para ouvir vinis que estavam abandonados pela casa ou comprando discos novamente por terem vendido ou doado sua coleção a bastante tempo.

Paralelamente ao “boom” do vinil, é necessário entendermos que movimentos que começam a atingir uma parcela considerável de pessoas, muitas vezes definidos como “moda”, tendem a ser menos duradouros e uma atenção maior é exigida para que não haja uma expectativa além da realidade. O ritual de apreciar as capas, os encartes e o próprio ato de colocar o vinil no prato e selecionar a faixa à escutar não está presente em todas as pessoas, o que pode em médio prazo levar ao abandono dessa mídia novamente. Hoje em dia não há o costume em selecionar músicas, sentar à frente da aparelhagem de som e curtir, degustar, apreciar as canções. Esse comportamento foi se perdendo proporcionalmente à “correria” do cotidiano, além do imediatismo das novas gerações que esperam que tudo esteja à um click ou botão.

Para nós DJs, mesmo que não seja tão duradouro o aquecimento do vinil, consideramos que a situação trás benefícios à categoria e também aos amantes incondicionais dessa mídia. O aumento da disponibilidade de discos no mercado nacional e internacional, a comercialização de equipamentos, o interesse de bandas e cantores em lançar álbuns em vinil e o surgimento e fortalecimento de feiras especializadas e cebos são alguns exemplos positivos disso.

Então, aguardamos que, apesar de uma previsível desaceleração, o mercado se sustente a um nível interessante deixando sempre viva a cultura do disco de vinil e dos DJs que escolheram essa mídia como ferramenta de trabalho.

Pra você que gosta de discos de vinil e quer adquirir alguns em Belo Horizonte, fazer o chamado “digging” ou “garimpo, segue abaixo uma breve lista de lojas e sebos (alguns à confirmar). E VIVA o vinil!

1. All Wave Discos
Rua Rio de Janeiro 630, loja 44, Centro.

2. Baú dos Discos
Avenida Amazonas, 885, loja 211, Centro.

3. Gera Discos
Avenida Amazonas, 885, loja 209, Centro.

4. Letra e Música
Avenida Augusto de Lima, 233, sobreloja 47, Edifício Maletta, Centro.

5. Mandrahgora
Avenida dos Andradas, 367, loja 220 A, Centro.

6. Miragem Bazar
Rua Pernambuco, 1.000, loja 40, Savassi.

7. Música Rara
Rua São Paulo, 1307, Centro.

8. Relíquias Musicais
Avenida Amazonas, 885, loja 213, Centro.

9. Trem Azul
Avenida Álvares Cabral, 373, Centro.

10. Usados com Arte
Avenida Augusto de Lima, 233, sobreloja 33, Edifício Maletta, Centro.

Fontes: Forbes, UOL Música, O Globo e Veja BH.

CleverDJ

11 de outubro de 2015

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