Reflexões
O que é ser DJ?
Atualmente nos vemos em meio a banalização do termo DJ. Muitos carregam esta abreviação à frente do nome sem mesmo saber o que significa. Para o melhor entendimento desta atividade é necessário saber algumas informações.
A sigla DJ é a abreviação das palavras em inglês Disc Jockey. Resumidamente, o profissional Disc Jockey é um músico discotecário que inclui inserções de mixagem, efeitos e modificações variadas em sets (sequências musicais) desenvolvidos ao vivo para um público alvo específico ou variado usando como instrumento musical várias ferramentas, tais como: toca discos, CDJs, controladoras e mesas de áudio. Além disso, o profissional se destaca pela pesquisa musical e administração de coleções de discos. A atividade de Disc Jockey é bem contemporânea e vem se desenvolvendo desde meados do século XX.
Mas a pergunta inicial é: O que é ser DJ? Ser DJ é uma atividade muito maior do que descrito acima, no entanto, muitos ainda não sabem o real significado desta profissão. Desta forma, seguem as seguintes perguntas: Ser DJ é ter uma boa técnica? Ser DJ é ter bom conteúdo teórico? Ser DJ é ter bons equipamentos? Ser DJ é somente tocar músicas de modo aleatório? Enfim, são estas perguntas que norteiam nossa reflexão.
Sendo assim podemos concluir que para ser DJ é preciso seguir também alguns pontos além dos descritos como base.
1º – Sentimento: Sim, este é o primeiro ponto chave que forma um bom DJ. É ele que mostra o rumo das pesquisas e do estudo das técnicas, ou seja, do caminho a seguir. É através do sentimento e amor pela música e pela profissão que muitos ainda preservam a ética desta atividade, mantendo a cultura rica e viva.
2º – Pesquisa: Para ser DJ é necessário ter muita bagagem teórica. É muito importante ter conhecimento sobre equipamentos, história, curiosidades do meio e também sobre música em geral, sendo ela atual ou antiga, comercial ou não (leia o artigo “Músicas comerciais, tocar ou não tocar“). Para ser DJ e se tornar um bom DJ é necessário muita, mas muita pesquisa!
3º – Técnica: Em terceiro plano, mas não menos importante, vem a técnica que exige acima de tudo dedicação, compromisso, treino e disciplina.
Não basta somente o DJ se especializar em determinado ponto, como por exemplo, performance, mixagem ou produção. É expressamente importante que o profissional em formação domine ou tenha pelo menos conhecimento básico em cada um desses itens.
4º – Soma: Um DJ não é nada dentro de sua redoma de cristal, tocando para si mesmo. Não se torne um egoísta, pois a cultura do DJ não é somente de uma pessoa. Por isso some, divida o que aprendeu e construa o conhecimento com outros DJs. Seja humilde e ouça também os leigos no assunto, eles têm muito a dizer.
5º – Equipamento: É bom deixar claro que equipamento, seja ele antigo, novo, profissional, amador, barato ou caro nunca fez e nunca fará um bom DJ sem os pontos anteriores. É importante ressaltar que o equipamento nada mais é do que uma ferramenta do DJ, sendo assim, qualquer equipamento unido a um profissional disciplinado gera bons frutos.
E por fim deixo mais uma pergunta para nossa reflexão: Ser DJ de verdade é tão fácil assim?
O espaço está aberto para qualquer opinião ou intervenção para enriquecer este texto, pois a cultura do profissional DJ só irá se fortalecer desta forma.
Grande abraço a todos!
DJ Guimyts
07 de agosto de 2012