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Sonia Abreu e o protagonismo feminino na Cultura DJ

Sonia Abreu, produtora musical consagrada como a primeira DJ mulher do Brasil, faleceu na tarde da última segunda-feira, dia 26 de agosto de 2019, aos 68 anos, em São Paulo. Ela sofria de uma doença degenerativa, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), e teve uma parada respiratória. 

Sonia começou a discotecar no final da década de 1960, em um meio marcado por machismo e objetificação feminina, onde a ideia de uma mulher trabalhar a noite era encarada com ironia e reprovação. Podemos dizer que ela abriu as portas para as mulheres entrarem em um território que era esmagadoramente masculino, a profissão de DJ. 

Outra pioneira é a DJ Sandra Gal, que milita pelos direitos dos DJs e é uma das figuras mais importantes da cena carioca. Ela foi uma das fundadoras da DISCOTERJ – Associação dos DJs e VJs do Estado do Rio de Janeiro, a primeira associação de DJs da américa do sul. Além disso, foi responsável por ministrar o primeiro curso de DJs dentro de uma universidade, junto ao DJ Meme. 

Na cena de Belo Horizonte, temos a DJ Pat Manoese. Ela desenvolve um trabalho voltado para o protagonismo feminino, com oficinas de DJs para mulheres e o público LGBTQI, no Memorial Minas Vale. 

Recentemente, Pat foi convidada para abrir o show de 30 anos do grupo Racionais MCs, que acontece no dia 14 de setembro de 2019, no KM de Vantagens Hall. O convite faz parte da estratégia da produtora Boogie Naipe de valorizar o trabalho das mulheres, comandado por Eliane Dias, esposa de Mano Brown. 

Carol Machado

01 de setembro de 2019

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